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A CANA NO BRASIL

No Brasil pode se dizer que a cana-de-açúcar deu sustentação ao seu processo de colonização, tendo sido a razão de sua prosperidade nos dois primeiros séculos. Do seu descobrimento em 1500, até 1532, há referências de que se cultivava a cana e produzia açúcar no nordeste brasileiro, mas especificamente em Pernambuco.

Todos os historiadores concordam que foi na Capitânia de Pernambuco, pertencente a Duarte Coelho, onde se implantou e floresceu o primeiro centro açucareiro do Brasil, motivado por três aspectos importantes:

A habilidade e eficiência do donatário, a terra e clima favorável à cultura da cana, e a situação geográfica de localização mais próxima da Europa em relação à região de São Vicente (São Paulo), outro centro que se destacou como iniciador de produção de açúcar do Brasil Colonial.

O progresso desta indústria foi espantoso no fim do século XVI. Na Bahia, onde os indígenas haviam destruído os primeiros engenhos, a produção de açúcar começou após 1550.

Alagoas, fronteira com Pernambuco, só teve seu primeiro engenho por volta do ano de 1575.

Em Sergipe, os portugueses procedentes da Bahia, iniciaram a produção da cana-de- açúcar a partir de 1590.

Na Paraíba, a primeira tentativa da introdução da cultura da cana foi em 1579, na Ilha da Restinga, fracassada pela invasão de piratas franceses na região. A implantação definitiva da cultura da cana na Paraíba, surgiu com seu primeiro engenho em 1587.

No Pará, os primeiros engenhos foram instalados pelos holandeses, possivelmente antes de 1600. O primeiro engenho português naquele estado começou a funcionar entre 1616 e 1618.

Tanto no Pará, quanto no Amazonas, os engenhos desviaram sua produção para aguardente, em vez de açúcar.

A fabricação de açúcar no Ceará não chegou a ter relevo, começou em 1622, mas logo passou a fabricar aguardente.

No Piauí a história identifica que a lavoura de cana foi iniciada por volta do ano de 1678.

No ano de 1692, registra-se apenas um engenho em atividade no Rio Grande do Norte.

A região nordestina, representada principalmente por Pernambuco, Bahia, Alagoas e Paraíba, simbolizava o luxo. Reinava a riqueza porque a monocultura da agroindústria açucareira pagava todos os custos e cobria todas as necessidades da Capitania.

Na época da abolição da escravatura (1888), os engenhos já tinham incorporado praticamente todas as inovações importantes da indústria do açúcar existentes na época em qualquer parte do mundo, e com a abolição, passou a dispor de recursos financeiros que antes eram destinados à compra e manutenção de escravos.

 

A partir daí surge uma nova etapa na indústria açucareira brasileira, com o aparecimento dos chamados "Engenhos Centrais", precursores das atuais Usinas de Açúcar.

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